Religiosidades...


Falar de religião – mesmo na Internet –, não será assim tão fácil e linear quanto possa parecer a menos que, optemos por citar passagens "das Escrituras", ou narremos ditos e histórias de “bem”… condimentadas com algumas referências ao divino.
Sendo que considero a definição de “religião”, como uma tentativa de impormos a nossa visão sobre Deus a outra pessoa, acredito que tudo em que possamos acreditar, será superior ao conteúdo selectivo de apenas “Quatro Evangelhos”… [Canónicos] … ou a muito mais do que uma escolha: “Canónicos/Apócrifos”

Para quem nasce com a religião praticamente á cabeceira, será difícil acreditar mais tarde nos “remendos” existentes – mesmo que publicados por académicos respeitados e eruditos, autênticos “conhecedores” da religião –, que possam ser denunciados através da análise de documentos “perdidos”… posteriormente reconhecidos e autenticados.
A posição da igreja pouco receptiva a “novidades” não ajuda em nada, o que limita os crentes ás fronteiras estéreis de uma ignorância conveniente… esta posição de soberba, será contraditória á humildade da doutrina que pregam.
De modo a justificar algumas situações invulgares, a igreja recorre á criação de “dogmas teológicos”… […dogmas são (teorias) criados para que não se façam perguntas…]

Ignorando por completo a “história” da religião, a maioria dos seguidores do “Cristianismo” ignora que a “Bíblia” é apenas uma selecção de obras e, em muitos aspectos, uma selecção algo arbitrária…

Comentários

Maria João disse…
"A Maioria"?

Cuidado com o estereótipo. Há muita gente crente que não conhece a história da religião e a Bíblia, mas não são a maioria. Não podemos tomar todos pela mesma medida.


"Sendo que considero a definição de "religião", como uma tentativa de impormos a nossa visão sobre Deus a outra pessoa".

Então não vamos defender nada. Tudo é impôr a nossa visão sobre qualquer coisa.

Além disso, nem todos nascem com a religião à cabeceira. Só aos 23 anos é que optei por ser cristã católica. Depois de conhecer os evangelhos, e não só os quatro, depois de estudar e ver muita coisa, depois de comparar diferentes versões da Bíblia, optei. E, como já disse, Jesus também tinha uma religião. Não era perfeita, criticou-a, mas tinha uma religião.

Não agir segundo o logos, é contrário à vontade de Deus. Pois, quando digo não aos estereótipos também falo em pensar segundo o logos.




Um abraço,
MJ
Demo disse…
Certamente que neste caso especifico, a disparidade percentual a favor da “ignorância” será reconhecidamente acentuada. Embora por vezes se tente desmistificar – e desmistificar não será propriamente atribuir responsabilidades – ainda é notória a dificuldade que os “crentes” sentem, em separar “história” de “doutrina”.

Em religião, tudo obedece a um modelo estereotipado, delineado por uma compilação – por conveniência –, de textos integrados nos Quatro Evangelhos canónicos, a que chamam Bíblia.
Tudo o que seja novo ou inconveniente… será ignorado, ou os “dogmas” refutarão.
Quanto a Jesus e á sua religião (?), falaremos em tempo oportuno… porquanto considero-“O”, um profeta talvez de inspiração divina, mas não intrinsecamente divino.

Quanto ao “Logos”, deveremos considerar que a “Fé” não deverá impor-se á “Razão”, devendo ser esta a imperar…

Um trocadilho… para meditar.
[…atingir o “Logos” através de “Sophia”… ou atingir “Sophia” através do “Logos”…]

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