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A mostrar mensagens de fevereiro, 2011

A liberdade e a crença I

As crenças são alavancas que fazem mover quase tudo na vida de uma pessoa. Definem a visão do mundo, ditam o comportamento e determinam as reacções emocionais em relação aos outros seres humanos. Normalmente para quem vive num mundo a preto e branco é muito difícil discutir e aceitar ideias diferentes, o que corrói a possibilidade de discussão dessas mesmas ideias e inviabiliza o “pensamento livre”, isento e racional. Alguns crentes, cujas ideias são constantemente desmistificadas, refutadas e contrariadas confundem (por conveniência) “pensamento livre” com “aquilo que gostariam que fosse verdade” e, quando confrontados com o erro do seu raciocínio, manifestam predisposição para promover a mentira adulterando o significado das coisas. Este tipo de lamentos revela resíduos de intolerância porque “liberdade” significa coexistência de modelos e não a imposição de um em concreto. “Pensamento livre” é questionar, é esclarecer dúvidas, é confrontar ideias e debatê-las. É saber porque r

Conjunctura do desígnio...

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Um erro recorrente na argumentação criacionista é que aponta falhas nas teorias existentes e propões “Deus” como alternativa. Ou seja, conclui a existência de “Deus” por considerar insuficiente a explicação das teorias científicas. Esse é o Deus-das-lacunas, cujo poder diminui com o aumento do conhecimento humano.

Demagogia constante

Se pretendermos promover a seriedade intelectual devemos denunciar alguns argumentos teístas criados com o objectivo único de atribuir responsabilidades a todos os não-crentes, por crimes cometidos a título individual, por pessoas que em muitos casos foram vitimas de uma educação férrea alicerçada num cristianismo – imposto (com enormes custos em vidas humanas) á algumas centenas de anos. A formação dum indivíduo tem a ver com o conhecimento acumulado ao longo da vida e com a interiorização dos valores existentes. Por uma questão de princípios, o indivíduo irá reagir de acordo com esses valores que estarão na origem da responsabilidade de todas as suas boas ou más decisões ao longo da vida. A menos que se pretenda atribuir as boas acções á crença e as más á descrença, toda a decisão de um indivíduo, mesmo influenciado, tem carácter individual, e se a pretensão de se libertar de valores que o “asfixiam” o levam aos meandros do crime será sempre, por uma opção pessoal, para se livr