Acontecimentos marcantes / 2012
Terminado 2012 e fazendo uma retrospectiva sobre os momentos
e as figuras mais marcantes dum ano repleto de acontecimentos – bons e maus –,
dificilmente existirá consenso se decidirmos escolher a figura ou o momento que
mais se destacaram nos 365 dias do último ano.
Apesar de ter sido um ano pródigo em acontecimentos, 2012 terá sempre como referência o maior acontecimento científico do ano: a confirmação da existência – como fora proposto á mais de 40 anos por Peter Higgs –, de um bosão (partícula subatómica) para explicar a existência de matéria no universo.
Sendo conhecido como a “partícula de Deus”, o bosão de Higgs desmistifica (um pouco) a ideia de que o universo seja uma criação divina.
2012 também foi um ano de confrontos, confirmações e contradições.
Apesar de ter sido um ano pródigo em acontecimentos, 2012 terá sempre como referência o maior acontecimento científico do ano: a confirmação da existência – como fora proposto á mais de 40 anos por Peter Higgs –, de um bosão (partícula subatómica) para explicar a existência de matéria no universo.
Sendo conhecido como a “partícula de Deus”, o bosão de Higgs desmistifica (um pouco) a ideia de que o universo seja uma criação divina.
2012 também foi um ano de confrontos, confirmações e contradições.
Na Irlanda, Savita Halappanavar, uma dentista de origem
indiana, foi assassinada por um preconceito religiosos que, travestido de lei,
teima em promover a regressão ao obscurantismo.
Ao contrário do que alguns “profetas” que – escudados por um silêncio comprometedor teimam em assobiar para o lado –, pretendem fazer crer, a “sharia” cristã é exactamente igual á sua congénere islamita. E os seus crentes apenas divergem nos trajes (por enquanto).
Aqueles que se auto proclamam “pró-vida” e, em casos como o de Savita, “pró-assobio” vivem, no mínimo, em contradição, senão mesmo em negação. Ou somos ou não somos, sermos por conveniência é duplicidade intelectual.
Mas, apesar destes dois acontecimentos e respectivas figuras – Peter Higgs e Savita –, um outro acontecimento terá sido, quanto a mim, o mais marcante e revelador do ano findo.
No norte do Paquistão, Malala Yousafzai, uma menina de 14 anos, foi vítima de uma tentativa de assassinato por parte de religiosos radicais, apenas porque queria estudar.
Os “estudantes de teologia”, aplaudidos num passado recente por imporem uma teocracia no Afeganistão, consideram que, segundo os livros religiosos, o respeito pela dignidade e direitos das mulheres não é uma atitude que conste do curriculum de um ser superior.
Adeptos do “quanto mais ignorante mais fácil se manipula”, os estudantes religiosos, hoje designados talibã, á semelhança dos seus congéneres ocidentais (em particular os evangélicos), promovem a ignorância selectiva, apelando á fé, para mais facilmente imporem uma doutrina de mentira, mediocridade e submissão.
Que o bosão de Peter Higgs contribua para o desenvolvimento da humanidade.
Que o preço pago por Savita sirva para evitar a ditadura do preconceito e da superstição.
E que Malala seja um símbolo de liberdade, querer e independência.
Ao contrário do que alguns “profetas” que – escudados por um silêncio comprometedor teimam em assobiar para o lado –, pretendem fazer crer, a “sharia” cristã é exactamente igual á sua congénere islamita. E os seus crentes apenas divergem nos trajes (por enquanto).
Aqueles que se auto proclamam “pró-vida” e, em casos como o de Savita, “pró-assobio” vivem, no mínimo, em contradição, senão mesmo em negação. Ou somos ou não somos, sermos por conveniência é duplicidade intelectual.
Mas, apesar destes dois acontecimentos e respectivas figuras – Peter Higgs e Savita –, um outro acontecimento terá sido, quanto a mim, o mais marcante e revelador do ano findo.
No norte do Paquistão, Malala Yousafzai, uma menina de 14 anos, foi vítima de uma tentativa de assassinato por parte de religiosos radicais, apenas porque queria estudar.
Os “estudantes de teologia”, aplaudidos num passado recente por imporem uma teocracia no Afeganistão, consideram que, segundo os livros religiosos, o respeito pela dignidade e direitos das mulheres não é uma atitude que conste do curriculum de um ser superior.
Adeptos do “quanto mais ignorante mais fácil se manipula”, os estudantes religiosos, hoje designados talibã, á semelhança dos seus congéneres ocidentais (em particular os evangélicos), promovem a ignorância selectiva, apelando á fé, para mais facilmente imporem uma doutrina de mentira, mediocridade e submissão.
Que o bosão de Peter Higgs contribua para o desenvolvimento da humanidade.
Que o preço pago por Savita sirva para evitar a ditadura do preconceito e da superstição.
E que Malala seja um símbolo de liberdade, querer e independência.
Comentários
Essa sua observação não é inédita e aparece para aliviar o gosto amargo que essa partícula tem causado nos adeptos do testemunho alheio.
A “descoberta” desse bosão de Higgs confirma que a responsabilidade da nossa existência, assim como de tudo o que nos rodeia, se fica a dever, não a uma superstição, mas sim a uma partícula que “dá massa” a todo o universo. Ela é o princípio, sem ela seria o nada.
É verdade que foram necessários mais de 40 anos para se confirmar a sua existência e se perceber como foi o início de tudo.
Em contrapartida, existem outras teorias que já levam mais de 2 mil anos, sem conseguirem explicar a origem de uma “divindade suprema” que se confirma, cada vez com mais certeza, ser uma ideia abstracta.
Sempre disponível
Demo
PS.: Tenha sempre presente esta citação de CARL SAGAN
“O primeiro pecado da humanidade foi a fé, a primeira virtude foi a dúvida.”
Você realmente acredita nisso?
Sagan era um lunático que acreditava em vida fora da terra.
Nunca viu nada a não ser quando fumava uns beck.