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A verdade intimida os preconceitos

É normal que quem assuma uma postura autista de defesa do indefensável ignore o que os outros dizem, mas a diferença entre a aparência e a realidade das coisas poderá ser um hiato fatal para mentalidades limitadas que recusem a existência de um abismo entre a seriedade e a frivolidade. Quando se impedem os comentários e apagam as mensagens que refutam e/ou contrariam os nossos preconceitos apenas confirmamos que o respeito pelas outras religiões ou pelos pontos de vista dos não crentes, não é uma atitude defendida por “deus”, além de revelarmos um insuficiente amor à verdade e alguma suspeição sobre a honestidade real dos nossos interesses. Liberdade religiosa é o direito de optar por uma religião, assim como o direito de não acreditar em entidades sobrenaturais, mas fazer uso da pretensão de atingirmos a omnisciência rejeitando soberbamente a razão, é uma incoerência que confirma a intolerância como a essência de todas as crenças, que consideram tudo o resto como meros equívocos. Não

Após a dúvida

“A dúvida é o princípio da sabedoria.” Aristóteles É comum a todo o jovem, durante a sua formação a caminho da maturidade, ser confrontado com algumas dúvidas sobre ideias feitas ou modelos estereotipados que o levam a questionar sobre as razões de determinados preconceitos, que quando abordados são susceptíveis de gerarem anticorpos. Quando percebi que os dogmas eram criados para não serem questionados, compreendi que acreditar em superstições e divindades é uma questão de fé e não de razão. Ter fé, ou vontade de acreditar, em determinada crença é um direito que assiste a todo o humano – o que até nem incomoda –, apesar de lamentar que os crentes vivam com a mente acorrentada pelo medo de punição em outro mundo. O que incomoda é ignorar-se a existência de um abismo entre a seriedade e a frivolidade, e justificar a crença através da imposição de mitos como verdades absolutas. Esta realidade é uma hipótese assente em argumentos tão cretinos que nem sequer está errada, simplesmen

Concepções

Ao responder ao “comentário” do João alonguei-me na escrita e perante o tamanho do texto optei por transformá-lo num “post”, que não deixa de ser na mesma a resposta a um argumento. Numa altura em que a ciência cada vez mais tem empurrado “deus” para o desconhecido – a nossa última fronteira –, tem-se sentido a presença de uma campanha de responsabilização do “ateísmo” pelos males da humanidade e intimidação dos “não crentes”, equiparando-os á imagem negativa de “seguidismo e dependência” criada pelos “crentes” ao longo dos séculos. Richard Dawkins é um cientista e académico conceituado e considerado pelos seus pares, com uma facilidade impressionante de transformar em texto conjuntos de ideias tendentes a contrariar e desmistificar “aquilo” que considera ser ilusão ou superstição. Estes textos, obras literárias, que ao contrário de outras que são consideradas de “culto espiritual”, pretendem apenas informar e desmistificar as contradições existentes entre o racionalismo científico –