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A mostrar mensagens de maio, 2007

Visionários

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Caro Cipriano Considerando o conteúdo do seu texto como pura retórica – falou, falou, mas não disse nada –, destacarei apenas três pontos que considerarei essenciais, e que terão relacionado a sua “crendice” àquilo que Thomas More tão bem definiu no seu livro, “Utopia”. Além de absurdos e ultrapassados, os seus argumentos serão difíceis de aceitar para quem não seja condicionado á partida. A velha táctica de direccionar a conversa para outro contexto, evitando argumentar ou justificar, só revela a ausência e a debilidade de argumentos, o desespero duma crença fustigada por factos inconvenientes. Caro Cipriano, informar é dever de quem não teme confundir a arma do cobarde e ocultar a arma do poder. Hoje, o conhecimento da história está ao alcance de muitos e a mentira sobre factos é mais fácil de rebater do que o embuste sobre “Deus”. 1] Ao sugerir indelicadeza por invasão de propriedade alheia, a razão será discutível – não afirmo que não a tenha –, devido ao desconhecimento – de que a

Que Deus?

Verdade "verdadeira"

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“Bem aventurados os pobres de espírito, pois deles será o reino dos céus.” Terá sido este, o meu comentário a um conceito sobre a nova “verdade” (verdadeira), no mínimo abominável. Pior do que a ignorância, será teimar em privilegiar essa mesma ignorância que persiste cegamente em olhar a fé, fechando os olhos á razão. A negação adoptada perante novos factos, faz lembrar claramente, a mesma forma de negação adoptada pela igreja sobre a posição da terra no universo e respectiva forma. Galileu Galilei e Giordano Bruno terão vivido – na intimidade –, essa “verdade” (verdadeira) … prova da imbecilidade humana. Ao professar esse tipo de idolatria – a “verdade” suportada por dogmas (inquestionáveis e convenientes) –, de forma tão explícita, elimina qualquer dúvida – se é que existissem –, de que a irracionalidade religiosa tem muitas vezes colocado obstáculos para o melhoramento da humanidade e que acreditar “… que por vezes é desígnio de Deus sacrificar os inocentes para testar os fieis…”,

Carta a um desconhecido

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Caro Cipriano Permita-me a teimosia de tratá-lo por “caro”, mas por uma questão de educação – e filosofia de vida –, não poderei considerá-lo “inimigo”, apenas pela divergência de ideologias, ideias ou ideais. Mesmo que não partilhe da opinião de que a fé não pode á força impor-se á razão, ou que use um qualquer nome… Acreditar em Sócrates, quando defende a importância do reconhecimento da ignorância e do diálogo como forma de alcançar a verdade, leva-me a considerar muito seriamente o pensamento de Emmanuel Kant: “Se não tivermos a certeza absoluta de algo, então tenhamos a coragem suficiente para duvidar desse algo.” Não sendo crente, considero a religião como uma tentativa de impormos a nossa visão sobre Deus a outra pessoa, e jamais aceitaria as contradições de uma ideologia suportada por “dogmas” que me obrigariam a confessar que sendo “Deus” perfeitamente bom, teria ainda assim criado um mundo que inclui dor, injustiça, fome e morte. Provavelmente Deus quisesse que em lugar da a