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A mostrar mensagens de dezembro, 2011

A “palmada” na educação III.

Surpreendente é a posição extremista de alguns representantes de “seitas” que, debitando inanidades, teimam em ignorar os direitos e liberdades dos jovens em nome de uma “ideia abstrata” que degrada as suas mentes tornando-os resistentes – senão mesmo, imunes –, à verdade e à razão. Educar não é doutrinar. Educar é promover a verdade através do saber e da razão. Vedar o acesso a certos factos para melhor manipular opiniões não é educar, é doutrinar. Doutrinar é fomentar conveniências de forma conveniente, é regredir. Acreditar na validade de conceitos e preconceitos da idade média para uma educação nos dias de hoje é o mesmo que promover a regressão a uma nova época de obscurantismo. Alguns iluminados, adeptos da ditadura da conveniência, alegam em sua defesa que “a punição física quando feita de forma carinhosa é uma forma válida na educação dos filhos”. Este tipo de atoardas significa o quê? O que é isso de “punição física feita de forma carinhosa”? “Punição física”

A “palmada” na educação II.

Pelo que li, é possível perceber, não só a debilidade e inconsistência, por falta de justificação, nos argumentos que contestam a lei, mas também um fundamentalismo retrógrado por parte de gente que – em pleno século XXI –, fala em educar segundo conceitos, preconceitos e superstições da idade média registados num “manual” elaborado por gente limitada no tempo e no espaço. Quando falo em “debilidade e inconsistência, por falta de justificação, nos argumentos que contestam a lei” estou a referir-me a justificações – como “uma palmada nunca fez mal a ninguém”, “eu levei muitas e não sou violento”, “uma palmada dada na hora certa é remédio santo”… –, demasiado inconsistentes. Eu também levei algumas palmadas mas isso não justifica que a violência é uma ferramenta na “arte” de educar. E não me venham com a conversa da “palmada carinhosa”, da “palmada educativa” ou da “palmada correctiva” porque isso é promover a ignorância, é auto prescrever um atestado de duplicidade intelectual. Um

A “palmada” na educação I.

A Câmara dos Deputados do Brasil aprovou na passada quarta-feira o projeto-lei de proteção a menores que ficou conhecida como a “lei da palmada”. Supostamente esta lei surge para proteger os jovens da violência de adultos “ultrapassados” e/ou frustrados que teimam em promover os seus defeitos e preconceitos através da lei do mais forte. Ao contrário do que o senso comum pretende fazer crer, o “estado”, ao promover estas leis não pretende interferir na formação ou na forma, como as famílias devem educar os seus membros mais novos mas apenas contribuir para uma formação dos jovens alicerçada na racionalidade e sem violência. As leis devem ser preventivas e não repressivas de forma a evitar o aumento de excluídos. Este tipo de lei deveria ser aplaudida não só porque ajuda a promover o diálogo nas relações familiares e consequente consenso quanto ao “espírito de família” mas também porque leva os jovens a encarar a violência como algo negativo a evitar. A formação dos jovens é “