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Simbologia

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É óbvio e por demais evidente que a “cruz” é – senão o mais importante –, o principal símbolo da religião cristã. Para outros apenas mera simbologia. Independentemente de ser um ícone “adorado” por muitos, não deixa de estar associado a castigo, dor, sofrimento, morte…Basta procurarmos pelo significado de “ crucificação ” e ficamos a saber que a “cruz” é o principal instrumento de castigo, tortura e morte usado pelos romanos sobre os escravos e condenados… anterior á condenação e morte do “Cristo” da fé cristã… Como instrumento de punição tortura e morte, será igualmente um símbolo da aniquilação do corpo. E uma ideologia que não valoriza o corpo, não pode respeitar a vida humana, esta vida que possuímos… Claro que a crença da vida depois da morte é uma opção válida como qualquer outra. Vem isto a propósito de um “ comentário ” que fiz e do qual " alguém ", legitimamente discordou… Como tal resolvi esclarecer o meu ponto de vista, porque na maioria das vezes basta saber que “

Opção ou conveniência?

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Um blog poderá – no mínimo –, servir para desabafarmos ou servir mesmo para coisa nenhuma. Escrevermos num blog será uma oportunidade de expressarmos a nossa opinião sobre determinado assunto, de manifestarmos o nosso apoio a determinada causa ou até mesmo exteriorizarmos as nossas angústias, receios e dúvidas. Publicarmos as nossas opiniões num blog leva-nos algumas vezes ao “confronto” de ideias por parte de estranhos, cujos ideais se sintam beliscados pelo que foi escrito ou simplesmente por discordarem. É neste “esgrimir” de argumentos – com todos aqueles que fazem uso dos “comentários” –, que conseguimos perceber que num universo de opiniões, as nossas serão apenas… meras opiniões. Existe também a possibilidade de interditarmos os comentários ao que consideramos ser a “verdade absoluta”, divinamente protegida por qualquer dogma da infalibilidade, ou então por não estarmos seguros daquilo que tentamos transmitir. Inviabilizar os comentários – que será certamente uma opção válida co

Cristianizações

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Quando nos encontramos condicionados á partida, por simpatias, convicções ou superstições, dificilmente permitimos a argumentação livre, isenta de mitos, fanatismos e preconceitos, ignoramos mesmo o racionalismo isento e tolerante. Questionar o que seria a Europa se não tivesse sido “cristianizada”, será enveredar por um autismo arrogante e leviano, de quem padece de anorexia mental. Este tipo de questões preconceituosas e perversas permite, não só a argumentação limitada e restrita sobre cenários hipotéticos ou especulativos, bem como, a intimidação através da insinuação. Apesar da manipulação dos factos, acreditar neste tipo de questões seria uma piada de proporções cósmicas, se não tivesse sido tão trágico. “A história é escrita pelos vitoriosos, á sua maneira.” [Prof. Elaine Pagels] Segundo a história, – e para os “cristãos” que reivindicam o monopólio da ética –, as épocas de maior fervor religioso coincidem com as de menor progresso da humanidade, numa prova clara e inequívoca d

Visionários

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Caro Cipriano Considerando o conteúdo do seu texto como pura retórica – falou, falou, mas não disse nada –, destacarei apenas três pontos que considerarei essenciais, e que terão relacionado a sua “crendice” àquilo que Thomas More tão bem definiu no seu livro, “Utopia”. Além de absurdos e ultrapassados, os seus argumentos serão difíceis de aceitar para quem não seja condicionado á partida. A velha táctica de direccionar a conversa para outro contexto, evitando argumentar ou justificar, só revela a ausência e a debilidade de argumentos, o desespero duma crença fustigada por factos inconvenientes. Caro Cipriano, informar é dever de quem não teme confundir a arma do cobarde e ocultar a arma do poder. Hoje, o conhecimento da história está ao alcance de muitos e a mentira sobre factos é mais fácil de rebater do que o embuste sobre “Deus”. 1] Ao sugerir indelicadeza por invasão de propriedade alheia, a razão será discutível – não afirmo que não a tenha –, devido ao desconhecimento – de que a

Que Deus?

Verdade "verdadeira"

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“Bem aventurados os pobres de espírito, pois deles será o reino dos céus.” Terá sido este, o meu comentário a um conceito sobre a nova “verdade” (verdadeira), no mínimo abominável. Pior do que a ignorância, será teimar em privilegiar essa mesma ignorância que persiste cegamente em olhar a fé, fechando os olhos á razão. A negação adoptada perante novos factos, faz lembrar claramente, a mesma forma de negação adoptada pela igreja sobre a posição da terra no universo e respectiva forma. Galileu Galilei e Giordano Bruno terão vivido – na intimidade –, essa “verdade” (verdadeira) … prova da imbecilidade humana. Ao professar esse tipo de idolatria – a “verdade” suportada por dogmas (inquestionáveis e convenientes) –, de forma tão explícita, elimina qualquer dúvida – se é que existissem –, de que a irracionalidade religiosa tem muitas vezes colocado obstáculos para o melhoramento da humanidade e que acreditar “… que por vezes é desígnio de Deus sacrificar os inocentes para testar os fieis…”,

Carta a um desconhecido

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Caro Cipriano Permita-me a teimosia de tratá-lo por “caro”, mas por uma questão de educação – e filosofia de vida –, não poderei considerá-lo “inimigo”, apenas pela divergência de ideologias, ideias ou ideais. Mesmo que não partilhe da opinião de que a fé não pode á força impor-se á razão, ou que use um qualquer nome… Acreditar em Sócrates, quando defende a importância do reconhecimento da ignorância e do diálogo como forma de alcançar a verdade, leva-me a considerar muito seriamente o pensamento de Emmanuel Kant: “Se não tivermos a certeza absoluta de algo, então tenhamos a coragem suficiente para duvidar desse algo.” Não sendo crente, considero a religião como uma tentativa de impormos a nossa visão sobre Deus a outra pessoa, e jamais aceitaria as contradições de uma ideologia suportada por “dogmas” que me obrigariam a confessar que sendo “Deus” perfeitamente bom, teria ainda assim criado um mundo que inclui dor, injustiça, fome e morte. Provavelmente Deus quisesse que em lugar da a

Conveniências

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Mais do que um comentário, o “Túmulo Perdido de Jesus” será – para os cristãos –, a negação do elemento fundamental da fé cristã: o ressuscitar de Cristo. Obviamente incomodados, alguns crentes menos tolerantes teimam em atribuir responsabilidades a tudo e a todos, enquanto outros, com alguma ironia tentam estabelecer alguma ligação ou relação com o romance de Dan Brown, “O Código DaVinci”. S. Paulo teria proclamado que se Cristo não ressuscitou, é vã a fé dos cristão… mas é evidente que a ressurreição nada tem a ver com a reanimação do cadáver, mas sim com uma afirmação de fé. Bento XVI terá afirmado recentemente que “… o fosso entre o Jesus da história e o Cristo da fé cresce cada vez mais…”, o que permite uma interpretação liberal em vez da aceitação cega de um dogma. É conveniente desmistificar e não interpretar de forma literal o “acto”, muito menos teimar na sua autenticidade de forma a desacreditar outras teorias ou linhas de pensamento propostas. Partindo do princípio de que nã