A “palmada” na educação I.

A Câmara dos Deputados do Brasil aprovou na passada quarta-feira o projeto-lei de proteção a menores que ficou conhecida como a “lei da palmada”. Supostamente esta lei surge para proteger os jovens da violência de adultos “ultrapassados” e/ou frustrados que teimam em promover os seus defeitos e preconceitos através da lei do mais forte.

Ao contrário do que o senso comum pretende fazer crer, o “estado”, ao promover estas leis não pretende interferir na formação ou na forma, como as famílias devem educar os seus membros mais novos mas apenas contribuir para uma formação dos jovens alicerçada na racionalidade e sem violência.

As leis devem ser preventivas e não repressivas de forma a evitar o aumento de excluídos.
Este tipo de lei deveria ser aplaudida não só porque ajuda a promover o diálogo nas relações familiares e consequente consenso quanto ao “espírito de família” mas também porque leva os jovens a encarar a violência como algo negativo a evitar.

A formação dos jovens é “feita” pelo saber e conhecimento acumulado e pela experiência vivida logo, um jovem que cresce num meio violento em que a vontade dos outros, mesmo que errada, injusta e desatualizada é imposta pela lei do mais forte – apesar de justificada como “educação” –, vai interiorizar que a “violência” é a ferramenta indicada para a sua sobrevivência.

Lamentavelmente não se tem dado a devida importância ao debate provavelmente porque as pessoas não estão interessadas em debater ideias mas sim, e apenas, em criticar depreciativamente as ideias que contrariem os seus preconceitos, bem como, impor a sua verdade, que pensam ser a única verdade.

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