Religião e Preconceito

O debate público sobre as razões da morte de Savita Halappanavar tem tido desenvolvimentos interessantes não só, porque as pessoas já entenderam que qualquer lei alicerçada numa superstição será sempre uma má lei, mas também porque começam a perceber que a crença numa ideia abstracta obriga a viver em negação e promove a regressão.

Com excepção de algumas mentes menos lúcidas que, por conveniência, se dizem pró-vida e que em casos destes se acobardam atrás de um silêncio comprometedor, é convicção geral, praticamente unânime, de que sem as regras absurdas, senão mesmo doentias, impostas pela religião, teria sido poupada, pelo menos, uma vida, já que o feto não sobreviveria.

Nos debates sobre violência religiosa surgem sempre os “bombeiros de serviço” tentando responsabilizar outras doutrinas, mais radicais e extremistas, garantindo, em nome de uma divindade, que a crença que professam apenas promove o “amor” e os princípios básicos de formação.

Dando de barato os genocídios e infanticídios narrados no “manual de intenções” que é a referência dos crentes, a religião é um regime ditatorial que rejeita a liberdade de pensamento e ignora os mais básicos direitos humanos.

Religião é isso mesmo, independentemente da interpretação da doutrina, é viver em negação por subserviência, a preconceitos inanes e retrógrados, em nome de uma ideia abstracta.

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Opção ou conveniência?

Acontecimentos marcantes / 2012 Novo

"Considerandos"