Visionários

Caro Cipriano Considerando o conteúdo do seu texto como pura retórica – falou, falou, mas não disse nada –, destacarei apenas três pontos que considerarei essenciais, e que terão relacionado a sua “crendice” àquilo que Thomas More tão bem definiu no seu livro, “Utopia”. Além de absurdos e ultrapassados, os seus argumentos serão difíceis de aceitar para quem não seja condicionado á partida. A velha táctica de direccionar a conversa para outro contexto, evitando argumentar ou justificar, só revela a ausência e a debilidade de argumentos, o desespero duma crença fustigada por factos inconvenientes. Caro Cipriano, informar é dever de quem não teme confundir a arma do cobarde e ocultar a arma do poder. Hoje, o conhecimento da história está ao alcance de muitos e a mentira sobre factos é mais fácil de rebater do que o embuste sobre “Deus”. 1] Ao sugerir indelicadeza por invasão de propriedade alheia, a razão será discutível – não afirmo que não a tenha –, devido ao desconhecimento – de que a...