Conveniências


Mais do que um comentário, o “Túmulo Perdido de Jesus” será – para os cristãos –, a negação do elemento fundamental da fé cristã: o ressuscitar de Cristo.
Obviamente incomodados, alguns crentes menos tolerantes teimam em atribuir responsabilidades a tudo e a todos, enquanto outros, com alguma ironia tentam estabelecer alguma ligação ou relação com o romance de Dan Brown, “O Código DaVinci”.

S. Paulo teria proclamado que se Cristo não ressuscitou, é vã a fé dos cristão… mas é evidente que a ressurreição nada tem a ver com a reanimação do cadáver, mas sim com uma afirmação de fé.
Bento XVI terá afirmado recentemente que “… o fosso entre o Jesus da história e o Cristo da fé cresce cada vez mais…”, o que permite uma interpretação liberal em vez da aceitação cega de um dogma.

É conveniente desmistificar e não interpretar de forma literal o “acto”, muito menos teimar na sua autenticidade de forma a desacreditar outras teorias ou linhas de pensamento propostas.
Partindo do princípio de que não existem verdades sagradas e que todas as asserções devem ser cuidadosamente examinadas com espírito crítico, deveremos encorajar a busca do conhecimento – em estudos sérios e isentos que nos permitam conhecer a verdade –, mesmo que nos conduzam para território improvável ou comprometam os alicerces da “instituição”. Uma ideologia que não tolera a verdade, não respeita a vida humana.

Apesar de não possuir documentação suficiente, ponho algumas dúvidas na solidez dos argumentos, mas respeito a teoria porque acredito que Jesus teria sido tão humano quanto os demais, literalmente. Quanto muito um profeta de inspiração “divina”.
Limitarmos a verdade a uma colectânea de textos escolhidos por conveniência – entre muitos outros [inconvenientes] –, será regredirmos aos tempos em que a supressão da verdade era considerada uma virtude para a aplicação da ortodoxia da igreja.

Para terminar, nada melhor do que um pensamento – “gnóstico” –, escrito á aproximadamente dois mil anos e que sobrevivendo aos tempos, reflecte exactamente a realidade actual.

[Aqueles que se limitam a acreditar na pregação que ouvem, sem se colocarem questões, e aceitam o culto que lhes é apresentado, não apenas se mantêm eles próprios ignorantes mas, “caso encontrem alguém que sinta dúvidas sobre a sua salvação”, agem imediatamente de forma a censurá-los e silenciá-los.]

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